Fluxo de caixa direto e indireto: comparando os métodos na análise financeira

O controle financeiro de uma empresa de qualquer setor é mais do que uma necessidade: é uma condição estratégica para a continuidade e o crescimento sustentável do negócio. E nesse cenário, entender a diferença entre fluxo de caixa direto e indireto é essencial para estruturar uma gestão financeira empresarial eficaz e alinhada às exigências do setor.

 

Um dos principais instrumentos para manter esse controle é o fluxo de caixa. Com ele, é possível acompanhar a liquidez da operação, planejar investimentos, avaliar a viabilidade de projetos e se antecipar a desequilíbrios financeiros.

 

No entanto, ao estruturar esse demonstrativo, surge uma dúvida comum: qual método utilizar? O fluxo de caixa direto e indireto são as duas abordagens que apresentam diferenças relevantes em sua construção e utilidade prática.

 

Neste artigo, vamos detalhar cada método, comparar suas aplicações e ajudar sua empresa a escolher a abordagem mais estratégica, considerando a complexidade operacional, exigências regulatórias e a necessidade de transparência frente a financiadores e stakeholders públicos. Boa leitura!

 

O que é fluxo de caixa?

O fluxo de caixa é um relatório que apresenta todas as entradas e saídas de recursos financeiros de uma empresa durante um período determinado. Ele oferece uma visão clara sobre como o dinheiro é movimentado na operação, seja pelas atividades operacionais, de investimento ou de financiamento.

 

Mais do que um retrato da liquidez, o fluxo de caixa ajuda a responder perguntas estratégicas:

 

  • A empresa tem caixa suficiente para cumprir obrigações contratuais?
  • É possível financiar um novo projeto sem comprometer a operação atual?
  • Quais atividades estão consumindo ou gerando caixa?
  • Como o cenário macroeconômico pode afetar o capital de giro?

 

A depender da complexidade da empresa, esse relatório se torna ainda mais importante para justificar decisões em auditorias, renegociações contratuais e pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro em contratos públicos.

 

Existem dois métodos principais para estruturar esse demonstrativo:

 

  • Método direto: registra as transações de caixa conforme ocorrem, apresentando o valor real das entradas e saídas;
  • Método indireto: parte do lucro líquido e ajusta os valores com base em itens não monetários e variações de capital de giro.

 

A seguir, vamos explorar cada um desses métodos com profundidade.

 

Método direto de fluxo de caixa

O método direto lista as entradas e saídas de caixa reais da empresa, como pagamentos a fornecedores, recebimentos de clientes, salários, encargos, tributos, etc. Ele apresenta de forma clara e cronológica o que entrou e saiu do caixa no período.

 

O fluxo de caixa direto é segmentado em três categorias principais:

 

  • Fluxo de Caixa Operacional (FCO): envolve todas as movimentações ligadas à operação do negócio, como receitas de vendas, pagamento de fornecedores, salários, tributos e despesas gerais;
  • Fluxo de Caixa de Investimentos (FCI): engloba aquisições ou vendas de ativos de longo prazo, como compra de máquinas, equipamentos ou participações societárias;
  • Fluxo de Caixa de Financiamentos (FCF): inclui operações de captação ou devolução de recursos com terceiros, como empréstimos, financiamentos ou pagamento de dividendos.

 

O total do fluxo de caixa do período será a soma líquida desses três blocos.

 

Exemplo prático

Imagine uma construtora que, em determinado mês, teve os seguintes movimentos:

Tipo de operação Valor (R$)
Recebimento de cliente (obra) + 800.000
Pagamento de fornecedores – 400.000
Pagamento de salários – 250.000
Tributos e encargos – 90.000

Subtotal – Fluxo de Caixa Operacional (FCO): +60.000

 

Compra de equipamentos – 100.000

Subtotal – Fluxo de Caixa de Investimentos (FCI): -100.000

 

Recebimento de financiamento + 200.000

Subtotal – Fluxo de Caixa de Financiamentos (FCF): +200.000

 

Saldo final do caixa no mês +160.000

 

Neste exemplo, ao estruturar o fluxo por categoria, o gestor consegue analisar com mais precisão de onde vieram os recursos e como foram utilizados, o que é essencial para tomar decisões de curto, médio e longo prazo.

 

Esse tipo de separação também é útil para identificar gargalos operacionais, avaliar a necessidade de captação de recursos ou ainda justificar pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro em contratos públicos, especialmente em setores como infraestrutura, onde o CAPEX e o financiamento são elementos críticos da operação.

 

Vantagens

  • Mais indicado para entender a saúde financeira da empresa;
  • Transparência total das movimentações;
  • Facilita o entendimento por não-contadores (ideal para reuniões com sócios, investidores e bancos);
  • Permite o monitoramento diário ou semanal do caixa.

 

Desvantagens

  • Requer um sistema contábil ou ERP robusto para registrar corretamente todas as movimentações financeiras;
  • Em empresas com múltiplas obras, contratos ou filiais, pode se tornar operacionalmente mais complexo de consolidar.

 

Método indireto de fluxo de caixa

O método indireto parte do lucro líquido contábil e faz ajustes para chegar ao fluxo de caixa das atividades operacionais.

 

Esses ajustes consideram:

 

  • Itens que afetaram o lucro, mas não afetam o caixa, como depreciação, amortização, provisões e reavaliações de ativos;
  • Variações no capital de giro (aumento ou redução de estoques, contas a receber e a pagar).

 

É como “traduzir” a DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) para a linguagem do caixa.

 

Exemplo prático

Suponha que a mesma construtora teve um lucro líquido de R$ 300.000 no mês. Os ajustes seriam:

 

  • Depreciação: + 50.000
  • Aumento de contas a receber: – 100.000
  • Redução de contas a pagar: – 70.000

 

Fluxo de caixa das atividades operacionais =

300.000 + 50.000 – 100.000 – 70.000 = 180.000

 

Esse valor não mostra diretamente os pagamentos e recebimentos, mas sim uma estimativa de quanto caixa foi gerado a partir do lucro, ajustando distorções contábeis.

 

Vantagens

  • Mais fácil de implementar em empresas que já possuem contabilidade estruturada;
  • Facilita a comparação entre empresas e a análise por parte de investidores ou controladores;
  • Útil para empresas com múltiplas unidades de negócio que já consolidam resultados por competência.

 

Desvantagens

  • Menor transparência das movimentações;
  • Pode mascarar problemas de liquidez se os ajustes forem interpretados incorretamente;
  • Mais difícil de explicar para equipes operacionais ou stakeholders sem conhecimento contábil.

 

 

Fluxo de caixa direto ou indireto: qual escolher?

Critério Método direto Método indireto
Base de cálculo Entradas e saídas reais de caixa Lucro líquido + ajustes
Facilidade de compreensão Alta (mais visual) Média a baixa (requer conhecimento)
Esforço de implementação Alto (mais registros operacionais) Médio (depende da contabilidade)
Nível de transparência Alto Médio
Adequado para licitações Sim (mais rastreável e auditável) Sim (mas exige explicações adicionais)
Adequado para financiadores Sim Sim
Ideal para empresas Menores ou com alta necessidade de controle de caixa Maiores ou com estrutura contábil robusta

 

Quando usar cada um?

  • Empresas com fluxo de caixa apertado, que gerenciam vários contratos simultaneamente e que participam de licitações públicas, podem se beneficiar mais do método direto, pois ele permite um controle mais granular das saídas e entradas. É também o mais utilizado quando se trata de justificativas para reequilíbrio econômico-financeiro de contratos;
  • Já o método indireto é recomendado para empresas com estrutura contábil consolidada, que já utilizam a DRE como referência e precisam de relatórios sintéticos para reportes internos e externos.

 

Importante lembrar: as normas contábeis (como o CPC 03) permitem o uso dos dois métodos, mas recomendam apresentar o fluxo operacional pelo método direto sempre que possível, pois fornece mais transparência.

 

 

Casos práticos no setor de infraestrutura

Vamos supor uma empresa que atua na manutenção de rodovias sob um contrato de concessão. Durante o ano, a empresa precisa justificar junto ao poder concedente a necessidade de reequilíbrio do contrato, com base na defasagem entre receitas projetadas e custos realizados.

 

Nesse cenário:

  • O método direto permite mostrar exatamente quanto foi pago em insumos, mão de obra e equipamentos, sendo mais defensável tecnicamente;
  • O método indireto pode ser útil para construir cenários mais estratégicos de médio prazo, considerando a projeção do lucro operacional e seu impacto sobre o caixa.

 

Empresas que atuam em consórcios ou SPEs (Sociedades de Propósito Específico) também se beneficiam de demonstrativos claros e auditáveis, principalmente quando há múltiplos stakeholders ou financiadores (como bancos públicos e privados).

 

 

Como a Crescento pode ajudar

Empresas com estruturas complexas precisam ir além dos números. Na Crescento, ajudamos nossos clientes a traduzir relatórios financeiros em informações estratégicas para tomada de decisão e para entender a saúde financeira do seu negócio.  Conheça nossas soluções para sua empresa:

 

  • Consultoria Financeira: Transformamos dados financeiros em inteligência para tomada de decisão. Elaboramos projeções, análises de viabilidade, estudos de reequilíbrio e planos de ação sob medida para o seu negócio.
  • BPO Financeiro: Terceirização inteligente da gestão financeira, com controle de fluxo de caixa, conciliação, relatórios gerenciais e muito mais, com integração aos seus sistemas atuais.

 

Fale com um de nossos consultores e veja como podemos apoiar a saúde financeira do seu negócio.

 

 

Orçamento empresarial: o que é, quando e como fazer

Orçamento empresarial: o que é, quando e como fazer

 

Um orçamento empresarial bem estruturado é essencial para a gestão financeira eficiente de qualquer empresa. Ele permite controlar custos, otimizar recursos e garantir a sustentabilidade do negócio.

 

Neste artigo, você verá as informações mais importantes sobre essa ferramenta. Continue lendo e confira:

 

 

O que é orçamento empresarial?

O orçamento empresarial é uma ferramenta essencial para o planejamento financeiro e a gestão eficiente das finanças de uma empresa.

 

Nesse tipo de orçamento financeiro, são registrados os custos, as receitas e a alocação de recursos para diversas áreas e atividades da organização, proporcionando uma visão clara dos números da empresa em um determinado período.

 

Dessa forma, as empresas podem estabelecer metas realistas, controlar custos, identificar oportunidades e antecipar desafios financeiros.

 

O controle orçamentário e a gestão financeira estratégica são práticas fundamentais para garantir que a empresa opere dentro de suas capacidades financeiras e maximize seu potencial de lucro.  Uma boa administração financeira é indispensável para o crescimento sustentável e para uma tomada de decisão mais assertiva.

 

 

Quando fazer um orçamento empresarial?

Criar um orçamento empresarial é essencial desde o início das operações para garantir uma gestão financeira eficaz e otimizada dos recursos investidos no negócio.

 

Quando bem elaborado, ele serve como um norte para o estabelecimento de metas claras, o monitoramento do desempenho financeiro ao longo do tempo e o controle preciso dos números da empresa, impulsionando um crescimento sustentável.

 

Para além do benefício direto, ter um orçamento fornece uma estrutura de gestão que impacta em outros benefícios como: 

 

  • Planejamento: oferece uma base sólida para gerenciar as finanças da empresa, permitindo a previsão de receitas e despesas. Isso possibilita decisões mais estratégicas sobre investimentos, expansão e alocação de recursos;
  • Tomada de decisão: com um orçamento bem definido, os gestores podem tomar decisões mais embasadas sobre a alocação de recursos, precificação, contratação de funcionários e investimentos em novos projetos;
  • Acompanhamento de desempenho: comparar os resultados reais com o orçamento permite avaliar o desempenho da empresa e identificar áreas de melhoria. Isso possibilita ajustes estratégicos para alcançar os objetivos organizacionais;
  • Comunicação e coordenação: um orçamento compartilhado entre os departamentos facilita a comunicação e o alinhamento estratégico, garantindo que todos sigam na mesma direção financeira;
  • Captação de Recursos: investidores, bancos e outras partes interessadas frequentemente exigem um orçamento antes de conceder financiamento. Um orçamento bem estruturado aumenta a confiança na gestão e na saúde financeira da empresa.

 

Portanto, fazer um orçamento empresarial deve ser uma prioridade em todas as etapas do desenvolvimento do negócio, desde o início das operações até o crescimento e expansão contínuos.

 

– Leia também: FP&A: o que é e qual a importância da atividade de Análise e Planejamento Financeiro

 

Como fazer um orçamento empresarial?

Para elaborar um orçamento empresarial eficaz, é essencial seguir um processo estruturado que leve em consideração diversos aspectos financeiros da empresa. Durante esse processo, fatores como sazonalidade, tendências de mercado, tempo de vida de equipamentos e possíveis imprevistos devem ser analisados.

 

O orçamento precisa ser preciso e baseado em informações reais para que seja, de fato, efetivo e relevante. Entre as principais etapas da construção de um orçamento financeiro empresarial, estão:

 

  1. Definição de objetivos e metas: estabeleça objetivos claros para o período coberto pelo orçamento. Isso pode incluir metas de vendas, lucro, crescimento, redução de gastos, poupança entre outros. É importante que esses objetivos sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e limitados no tempo (SMART);
  2. Coleta de dados e informações: nesta etapa, são coletadas todas as informações relevantes sobre as operações da empresa, incluindo histórico financeiro, projeções de vendas, custos fixos e variáveis, despesas operacionais, investimentos planejados, entre outros. Esses dados podem ser obtidos de sistemas contábeis, relatórios internos, departamentos relevantes e análise de mercado;
  3. Previsão de receitas e vendas: com base nas informações coletadas, são feitas projeções sobre as receitas esperadas para o período coberto pelo orçamento. Isso pode envolver análises de tendências históricas, condições de mercado, comportamento do consumidor e outros fatores relevantes para as vendas da empresa;
  4. Estimativa de custos e despesas: uma vez que as receitas esperadas foram determinadas, é necessário estimar os custos e despesas associados à produção ou prestação de serviços. Isso inclui custos de matéria-prima, mão de obra, despesas operacionais, despesas administrativas, impostos, entre outros;
  5. Elaboração do orçamento: com todas as informações necessárias em mãos, é hora de elaborar o orçamento propriamente dito. Isso envolve a alocação de recursos financeiros de forma a atender às metas e objetivos definidos anteriormente. O orçamento pode ser dividido por departamentos, projetos ou áreas de negócio, dependendo da estrutura da empresa. 
  6. Revisão e aprovação: uma vez elaborado, o orçamento deve ser revisado e discutido com os principais stakeholders da empresa, como diretores, gerentes de departamento e conselho administrativo. Após as revisões necessárias, o orçamento é aprovado formalmente para implementação; 
  7. Implementação e monitoramento: com o orçamento aprovado, ele é implementado na prática. Durante o período coberto pelo orçamento, é importante monitorar regularmente o desempenho financeiro real em relação ao orçamento, identificar desvios e tomar medidas corretivas, se necessário;
  8. Revisão constante: ao longo do período orçamentário, é comum realizar revisões periódicas do orçamento para refletir mudanças nas condições de mercado, ajustar projeções com base em dados reais e incorporar novas informações à medida que se tornam disponíveis.

 

Essas etapas são essenciais para garantir que o orçamento empresarial seja construído de forma sólida e reflita com precisão os objetivos e metas da empresa, permitindo uma gestão financeira eficaz e tomada de decisões informadas.

 

Qual a importância de um orçamento empresarial?

A importância de um orçamento empresarial é inegável para a saúde financeira e o sucesso de qualquer organização, como já mencionamos anteriormente.

 

Um sistema de orçamento empresarial eficaz oferece uma visão clara das finanças da empresa, permitindo um planejamento estratégico sólido, o controle de custos e a alocação eficiente de recursos.

 

Para muitas empresas, o apoio de profissionais de finanças pode ser essencial. Esses especialistas desempenham um papel fundamental em todas as etapas do processo orçamentário – desde a concepção e estruturação até a implementação e monitoramento contínuo – garantindo que a empresa alcance seus objetivos financeiros de forma eficaz.

 

O apoio profissional pode agregar vários aspectos importantes ao processo de construção e utilização do orçamento empresarial. Alguns desses aspectos incluem: 

 

  • Análise de viabilidade financeira: um profissional de finanças pode realizar análises detalhadas para avaliar a viabilidade financeira de diferentes iniciativas e projetos que podem ser incluídos no orçamento. Isso pode incluir análises de retorno sobre o investimento (ROI), análises de sensibilidade e simulações financeiras para entender os possíveis impactos nas finanças da empresa;
  • Gestão de riscos financeiros: os profissionais de finanças podem identificar e avaliar os riscos financeiros associados às operações da empresa e aos elementos incluídos no orçamento. Eles podem ajudar a desenvolver estratégias para mitigar esses riscos e incorporar essas considerações ao processo de orçamento;
  • Modelagem financeira avançada: os profissionais de finanças podem utilizar técnicas avançadas de modelagem financeira para criar cenários hipotéticos e prever os resultados financeiros sob diferentes condições. Isso pode ajudar a empresa a se preparar para diversas eventualidades e tomar decisões mais informadas;
  • Gestão de capital de giro: a gestão eficaz do capital de giro é fundamental para a saúde financeira de uma empresa. Profissionais de finanças podem ajudar a empresa a entender e otimizar o ciclo de caixa, gerenciar os estoques, contas a receber e contas a pagar de forma eficiente, garantindo assim uma posição financeira sólida;
  • Avaliação de Investimentos: quando a empresa está considerando investimentos em ativos fixos, expansão de negócios ou aquisições, profissionais de finanças podem realizar avaliações detalhadas para determinar a viabilidade desses investimentos e seu impacto no orçamento geral da empresa;
  • Monitoramento e análise contínua: além de ajudar a construir o orçamento inicial, os profissionais de finanças podem desempenhar um papel crucial no monitoramento contínuo do desempenho financeiro em relação ao orçamento. Isso envolve a análise regular de relatórios financeiros, identificação de desvios e recomendação de ações corretivas, se necessário.

 

– Leia também: CFO as a Service: o que é, como saber se sua empresa precisa e como contratar

 

Orçamento financeiro para pequenas empresas

Para pequenas empresas, um orçamento empresarial é uma ferramenta vital para garantir a estabilidade financeira e o crescimento sustentável.

 

O controle de orçamento empresarial aliado aos objetivos da gestão é especialmente importante para pequenas empresas, pois ajudam a identificar áreas de oportunidade de economia e a maximizar os lucros. 

 

Uma boa administração financeira, aliada a um orçamento empresarial bem planejado, é essencial para enfrentar desafios comuns de pequenas empresas. Portanto, investir tempo e recursos na elaboração e implementação de um orçamento empresarial eficaz pode ser um diferencial para o sucesso de um pequeno negócio.

 

Conte com a Crescento!

Ter um orçamento empresarial estruturado é essencial para garantir a saúde financeira e o crescimento sustentável do seu negócio. No entanto, como falamos anteriormente, contar com o apoio de especialistas pode fazer toda a diferença!

 

A Crescento é uma empresa de consultoria financeira que oferece consultoria especializada para ajudar sua empresa a planejar, implementar e monitorar um orçamento eficiente e alinhado aos seus objetivos. Quer mais previsibilidade e controle financeiro? Fale com um dos nossos especialistas e descubra como podemos transformar a gestão do seu negócio!

 

Evolução do mercado de concessões públicas e PPPs no Brasil

Nos últimos anos, as concessões públicas e parcerias público-privadas (PPPs) no Brasil têm se consolidado como ferramentas essenciais para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura. 

 

Setores estratégicos como transporte, energia, saneamento e telecomunicações têm se beneficiado dessas iniciativas, permitindo maior investimento, modernização e eficiência na prestação de serviços públicos.

 

Neste artigo, vamos te mostrar a evolução das concessões no Brasil, os principais benefícios para os stakeholders e os critérios de escolha nos processos licitatórios, além de abordar os desafios e riscos envolvidos nesses modelos. Boa leitura!

 

Aqui você vai encontrar:

 

Concessões públicas no Brasil: impacto no desenvolvimento de infraestrutura

As concessões públicas e parcerias público-privadas (PPPs) no Brasil assumiram um papel de destaque como instrumento fundamental para o desenvolvimento de infraestrutura e a melhoria na prestação de serviços públicos. Impulsionadas por programas e políticas governamentais, essas concessões ganharam espaço em setores estratégicos da economia, como transporte, energia, saneamento e telecomunicações.

 

O país experimentou, nas últimas décadas, um crescimento significativo no número e na magnitude dos projetos de concessão. As rodovias Presidente Dutra e BR-116, os aeroportos Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), além das concessões de saneamento em Alagoas e Rio de Janeiro, são exemplos de grandes ativos de infraestrutura concedidos à iniciativa privada. Esses projetos trouxeram investimentos vultosos, contribuindo para a modernização e expansão da infraestrutura brasileira.

 

Em 2023, o número de editais e parcerias público-privadas (PPP) atingiu o maior patamar da história, com 440 editais publicados. Isso representa um crescimento de 52% em relação a 2022 e um aumento impressionante de 1.090% em comparação com o número de editais de 10 anos atrás.

Concessões públicas e parcerias público-privadas (PPPs) no Brasil | Crescento
Concessões públicas e parcerias público-privadas (PPPs) no Brasil | Crescento

As primeiras concessões no Brasil estavam concentradas em ativos dos governos federal e estadual. No entanto, com avanços na capacidade técnica para a modelagem de contratos, alinhamento dos objetivos municipais com os modelos de PPPs e ações legislativas que oferecem maior segurança jurídica, essas iniciativas também estão crescendo no âmbito municipal. Setores como iluminação pública, resíduos sólidos e água/esgoto têm se destacado. Segundo o Radar PPP, o triênio de 2021-2023, mesmo faltando um ano para o fim dos mandatos atuais, já conta com 730 editais publicados, frente aos 550 do ciclo completo de 2017-2020.

 

Benefícios das concessões e PPPs para os Stakeholders

O crescimento das concessões e PPPs demonstra a percepção de valor positivo gerado para todas as esferas do poder público. A concessão da exploração de ativos para a iniciativa privada resolve dois desafios enfrentados pela administração pública:

  1. A incapacidade do governo de realizar os investimentos necessários para expandir o atendimento à população e modernizar os ativos;
  2. A necessidade de concentrar esforços em áreas prioritárias da gestão pública.

 

Os impactos dessas concessões e PPPs podem ser altamente positivos para todos os stakeholders:

  • Poder público: melhora os serviços prestados à população por meio do destravamento de investimentos e modernização da operação, garantindo maior eficiência no cumprimento dos objetivos sociais;
  • Setor privado: oferece oportunidades de investimento e diversificação de recursos;
  • População: se beneficia de serviços públicos com maior eficiência, investimentos e modernização.

 

Distribuição de risco nos projetos de concessões e PPPs

Atualmente, os dois modelos mais adotados no Brasil são as concessões plenas e as PPPs. Nos editais de concessão plena, a receita proveniente da exploração comercial do ativo (tarifária e acessória) deve ser suficiente para financiar a operação, os investimentos necessários e garantir a rentabilidade dos investidores.

 

Por outro lado, as PPPs recebem parte ou toda a receita diretamente das contraprestações do poder público, uma vez que a receita de exploração sozinha não é suficiente para a autonomia do ativo.

 

Nas concessões plenas, o risco da operação é transferido para as concessionárias, que são responsáveis por gerar a receita prevista. Já nas PPPs, há uma garantia de receita mínima por parte do poder concedente, mas isso expõe o projeto a maiores riscos financeiros e jurídicos, vinculados ao ente público.

 

Critérios para escolha do vencedor em uma licitação

Nos editais de concessões plenas, o vencedor geralmente é determinado pela empresa que oferece a maior outorga (valor pago pelo direito de exploração do ativo) ou o maior desconto sobre a tarifa base do serviço oferecido, podendo haver uma combinação de ambos.

 

Para o poder público, a escolha da outorga proporciona uma infusão imediata de caixa, utilizada para alívio financeiro ou realocação de investimentos. Já o desconto na tarifa beneficia diretamente a população, que paga menos pelos serviços.

 

Nas PPPs, o critério mais comum é o maior desconto sobre a contraprestação oferecida pelo poder concedente.

 

Como são originados os projetos de concessão e PPP?

Os estudos para o lançamento de editais podem começar tanto pela iniciativa pública quanto privada, comumente através do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Nessa fase, são coletados estudos de viabilidade, como modelos de negócio, projeções de demanda, receitas, OPEX¹, CAPEX², entre outros. Esses estudos podem ser usados total ou parcialmente na elaboração do edital de licitação.

 

– Leia também: Reequilíbrio econômico-financeiro do contrato: o que é, quando aplicar e como garantir contratos sustentáveis

 

Avaliação financeira dos projetos de concessão e PPP

Os projetos de concessão e PPP são avaliados financeiramente através de fluxos de caixa projetados no edital de licitação, considerando os custos operacionais (OPEX) e os investimentos em capital (CAPEX).

concessões no Brasil

No exemplo citado, trata-se de uma concessão plena, com o critério de maior outorga oferecida. A outorga sugerida, de R$ 300 milhões, é dimensionada para alcançar uma meta que oferece aos investidores uma rentabilidade adequada ao risco do projeto. A Taxa Interna de Retorno (TIR), de 9,70% ao ano, representa a rentabilidade anual média do investimento ao longo dos 10 anos de operação. Esse retorno é definido pelo poder concedente (um input). Já o valor da outorga de referência é o output do estudo financeiro.

 

Os cálculos do exemplo, comumente adotados em editais de concessões públicas, se baseiam no Free Cash Flow to Firm (FCFF). O FCFF representa a geração de caixa disponível para acionistas e credores. A adoção desse método demonstra a intenção do poder público de transferir os benefícios e riscos da alavancagem para a concessionária privada, já que as projeções financeiras do edital desconsideram o fluxo de caixa de financiamento.

 

As estimativas financeiras presentes no edital são encaradas pelas empresas interessadas como um ponto de partida. Cada empresa realiza seus próprios estudos, considerando sua expertise no setor, otimização da operação, eficiência na implantação do CAPEX e capacidade de financiamento.

 

Continue a leitura e aprofunde no tema: Análise financeira em concessões públicas: como ser competitivo em leilões de infraestrutura

 

¹ OPEX: Operational expenditure, referente aos custos e despesas da operação.
² CAPEX: Capital expenditure, referente aos investimentos necessários para a operação e maturação do ativo.

Quer saber mais sobre o tema? Confira nossa série de artigos no LinkedIn.
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Tipos de BPO financeiro: qual o formato ideal para a sua empresa?

Tipos de BPO financeiro: qual o formato ideal para a sua empresa?

 

A terceirização de processos financeiros, conhecido como BPO (Business Process Outsourcing), tem ganhado espaço no mercado corporativo brasileiro. Essa solução permite que as empresas otimizem seus processos, reduzam custos e foquem no seu core business. Mas como identificar quais dos tipos de BPO financeiro são mais adequados para o seu negócio?

 

Nosso objetivo com esse artigo é te ajudar a entender mais sobre esse assunto ! Continue a leitura e confira:

 

O que é BPO financeiro?

Como já adiantamos, o BPO financeiro consiste na terceirização de atividades relacionadas à gestão financeira de uma empresa. Essa solução abrange serviços que vão desde a gestão de contas a pagar e receber até a elaboração de relatórios gerenciais e auditorias.

 

A crescente demanda por serviços de BPO no Brasil reflete a busca das empresas por maior eficiência operacional e competitividade.

 

Em um cenário dinâmico, gestores encontram no BPO uma forma de otimizar processos, economizar recursos e garantir um melhor direcionamento estratégico. Isso porque terceirizar atividades operacionais permite que o foco esteja no core business, ou seja, naquilo que realmente diferencia a empresa no mercado.

 

Empresas que adotam alguns dos tipos de BPO conseguem reduzir custos operacionais, já que eliminam despesas relacionadas a estruturas internas e treinamentos de equipes.

 

Além disso, o aumento da eficiência é evidente: os processos financeiros são gerenciados por especialistas, garantindo precisão, conformidade e agilidade, permitindo tomadas de decisão mais acertadas.

 

Vale lembrar que o BPO não se limita ao setor financeiro. Outras áreas também podem se beneficiar, como atendimento ao cliente, logística, marketing e TI. A escolha do tipo de BPO dependerá da estratégia da empresa e das áreas em que ela busca maior eficiência e especialização.

 

Principais tipos de BPO financeiro

Antes de detalharmos os diferentes tipos de BPO financeiro, é importante destacar que cada modalidade é voltada para atender necessidades específicas das empresas.

 

Ao entender melhor os serviços disponíveis, gestores podem identificar soluções que se alinhem aos seus objetivos estratégicos e operacionais.

 

1. Gestão de contas a pagar e receber

A gestão de contas é uma das áreas mais críticas para qualquer negócio. Esse tipo de BPO financeiro abrange atividades como:

 

  • Processamento de pagamentos a fornecedores;
  • Emissão e controle de cobranças a clientes;
  • Conciliações bancárias detalhadas.

 

Ao terceirizar essas tarefas, as empresas podem garantir maior precisão e controle sobre o fluxo de caixa. Com processos otimizados, é possível reduzir atrasos nos pagamentos, melhorar o relacionamento com fornecedores e minimizar a inadimplência.

 

Além disso, a automação e o suporte especializado oferecidos pelo BPO podem eliminar gargalos que impactam diretamente a saúde financeira do negócio, enquanto facilitam a criação de procedimentos internos operacionais e promovem uma gestão mais eficiente do ciclo financeiro da empresa.

 

2. Gestão de fluxo de caixa e planejamento orçamentário

Manter uma visão clara do fluxo de caixa e um planejamento orçamentário eficaz são desafios enfrentados por muitas empresas. O BPO financeiro oferece serviços que incluem:

 

  • Projeção de receitas e despesas futuras;
  • Identificação de períodos de maior necessidade de capital;
  • Criação de orçamentos empresariais alinhados aos objetivos estratégicos.

 

Dessa forma, as empresas ganham previsibilidade financeira e tomam decisões embasadas em dados concretos. A título de exemplo, ao antecipar possíveis desequilíbrios no fluxo de caixa, os gestores podem implementar medidas corretivas de forma proativa, garantindo estabilidade e crescimento sustentável.

 

3. Conformidade fiscal e tributária

A área fiscal e tributária é um campo complexo e sujeito a mudanças frequentes na legislação. Com o BPO financeiro, as empresas podem contar com uma análise voltada para a otimização tributária, considerando a realidade organizacional.

 

– Leia também: Sua empresa está no regime de tributação mais eficiente?

 

4. Auditorias e relatórios financeiros

A transparência financeira é essencial para a tomada de decisões estratégicas. O BPO financeiro oferece suporte para:

 

  • Criação de relatórios gerenciais detalhados;
  • Realização de auditorias internas periódicas;
  • Análise de métricas chave, como rentabilidade e eficiência operacional.

 

Com essas ferramentas, as empresas podem identificar áreas de melhoria, alinhar seus objetivos a indicadores de desempenho e comunicar resultados de forma clara a stakeholders internos e externos.

 

Como os serviços de BPO financeiro podem auxiliar na tomada de decisões?

A terceirização de processos financeiros proporciona vantagens significativas para a tomada de decisões empresariais.

 

Com o apoio de dados precisos e a experiência de especialistas, os gestores podem basear suas escolhas em informações confiáveis e contextualizadas. Entre os principais benefícios estão:

 

1. Redução de incertezas

O BPO financeiro centraliza e organiza os dados financeiros da empresa, gerando uma base sólida para decisões estratégicas.

 

Dessa forma, questões como expansão de negócios, cortes de custos ou novos investimentos podem ser avaliadas de forma mais segura.

 

As incertezas diminuem quando as informações são transparentes e acessíveis.

 

2. Dados precisos e atualizados

Os relatórios gerados por empresas de BPO financeiro oferecem informações em tempo real sobre as finanças.

 

Com dados atualizados constantemente, os gestores podem reagir rapidamente a mudanças no mercado, ajustando estratégias e antecipando tendências.

 

3. Acompanhamento de KPIs financeiros

A terceirização facilita o monitoramento contínuo de indicadores-chave de desempenho, como margem de lucro, liquidez e custos operacionais.

 

O acompanhamento desses KPIs permite identificar pontos fortes e fracos na gestão financeira, contribuindo para decisões mais assertivas.

 

4. Planejamento estratégico mais assertivo

Com acesso a dados estruturados e análises aprofundadas, as empresas podem criar um planejamento estratégico que prevê cenários e cria estratégias realistas e eficazes.

 

Isso inclui desde o alinhamento de orçamentos a metas de crescimento até a identificação de oportunidades de mercado.

 

5. Foco no core business

Ao delegar tarefas financeiras a especialistas, os gestores ganham mais tempo e recursos para se concentrar nas áreas que realmente diferenciam a empresa no mercado. Isso eleva a qualidade do trabalho estratégico e melhora o desempenho geral do negócio.

 

Os serviços de BPO financeiro não apenas fornecem suporte operacional, mas também criam um ambiente de maior previsibilidade e controle, facilitando o crescimento sustentável da empresa.

 

– Leia também: Modelagem Financeira: o que é, importância, exemplos e como fazer

 

Conheça os diferenciais do BPO Financeiro da Crescento

Diferente do BPO tradicional, que foca apenas na operação, o objetivo da empresa de consultoria financeira Crescento é atuar de forma integrada em toda a gestão financeira da empresa.

 

Otimizamos todos os tipos de BPO financeiro mencionados, como a gestão de contas a pagar e a receber, geramos relatórios automatizados em Power BI e análise de resultados para tomadas de decisões estratégicas.

 

Nosso trabalho de consultoria financeira empresarial vai além de fornecer apenas números, fazemos parte da equipe do cliente, integrando as áreas e oferecendo análises que consideram fatores únicos de cada empresa.

 

Com reuniões periódicas e um atendimento humanizado, criamos um vínculo próximo e personalizado, garantindo que as estratégias implementadas estejam sempre alinhadas com os objetivos e desafios do negócio.

 

O intuito é gerar informações ágeis, aumentar a produtividade da equipe e melhorar a confiabilidade dos dados, sempre priorizando a construção de um planejamento financeiro robusto e eficiente. Nosso trabalho inclui:

 

Tesouraria

O serviço de tesouraria aprimora a gestão financeira ao classificar lançamentos com precisão, definir rotinas financeiras e monitorar o caixa. Além de eliminar a necessidade de passar por processos de contratação e capacitação de funcionários.

 

  • Planejamento e controle diário do fluxo de caixa;
  • Projeções com visão de curto e médio prazo do fluxo de caixa;
  • Gestão eficiente de contas a pagar e a receber considerando as visões de caixa e competência;
  • Lançamento e conciliação bancária;
  • Visualização de dados em tempo real.

 

FP&A (Planejamento e Análise Financeira)

Nossa área de FP&A é especializada em elaborar orçamentos, acompanhar o desempenho financeiro, analisar desvios entre os resultados esperados e realizados. Geramos relatórios gerenciais detalhados, apresentações periódicas e dashboards inteligentes, utilizando ferramentas avançadas como Power BI.

 

  • Criação ou atualização do plano de contas;
  • Estruturação de orçamento e forecast;
  • Análises detalhadas e relatórios;
  • Modelagem financeira avançada.

 

CFO as a Service

Com o CFO as a Service da Crescento, você tem acesso à expertise de um diretor financeiro sem a necessidade de contratação exclusiva. Nosso serviço traduz os dados financeiros gerados pelo FP&A em planos de ação estratégicos para agregar valor ao seu negócio.

 

  • Mapeamento de pontos de melhoria;
  • Análise de indicadores e resultados financeiros;
  • Elaboração de planos estratégicos;
  • Análise do negócio e do setor;
  • Direcionamento a partir dos outputs das análises feitas.

 

Para saber mais sobre nossos serviços e como podemos ajudar sua empresa, visite nosso site ou entre em contato conosco.

 

Escolher o tipo ideal de BPO financeiro depende das necessidades específicas da sua empresa. Avalie os serviços oferecidos, os benefícios proporcionados e, principalmente, busque um parceiro que ofereça soluções personalizadas.

 

A Crescento está pronta para transformar a gestão financeira do seu negócio. Vamos conversar?

 

CFO as a Service: o que é, como saber se sua empresa precisa e como contratar

CFO as a Service: o que é, como saber se sua empresa precisa e como contratar

 

CFO é responsável pela direção financeira de uma empresa, cuidando de todas as finanças e tomando as decisões estratégicas relacionadas ao dinheiro. No entanto, nem toda empresa possui estrutura para contratar um CFO em tempo integral. É aqui que entra o CFO as a Service, ou gestão financeira sob demanda, um modelo inovador que oferece as mesmas funções desse profissional, mas como um serviço especializado e sob demanda.

 

Quer entender mais sobre esse serviço e as possibilidades que ele pode trazer para o seu negócio? Continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre o CFO as a Service! Veja:

 

 

O que o CFO as a Service?

Assim como o profissional que ocupa esse cargo dentro de uma empresa, o CFO as a Service é responsável pela avaliação e análise dos indicadores financeiros, utilizando essas informações como base para decisões estratégicas.

 

A principal vantagem desse serviço é que ele traduz relatórios financeiros complexos em ações práticas e planos estratégicos, agregando valor à empresa e otimizando resultados.

 

Além disso, algumas consultorias que oferecem o CFO as a Service promovem reuniões periódicas com a diretoria para alinhar estratégias, ajustar planos e acompanhar resultados.

 

Mas qual a diferença entre possuir um profissional dentro de sua equipe e contratar esse serviço? Bom, o CFO as a Service irá aprimorar a gestão financeira que já existe na sua empresa, pois traz a expertise do diretor financeiro externo. E detalhe: faz isso sem o custo da contratação do profissional exclusivo para a área, que pode ser bem custosa, e dentro de alguns cenários nem tão necessária, considerando uma jornada de trabalho completa de 44 horas semanais.

 

– Leia também: FP&A: o que é e qual a importância da atividade de Análise e Planejamento Financeiro

 

Como saber se minha empresa precisa deste serviço?

Por esse cargo ser responsável por grande parte das demandas financeiras estratégicas, é imprescindível ser ocupado por alguém com alto nível de experiência na área. Ou seja, isso pode demandar um valor alto de salário, maior que a contratação de um especialista externo. Se você busca por otimizações, o CFO as a Service vai te proporcionar: 

 

  • Redução e flexibilidade nos custos: você paga apenas pelo serviço que precisa;
  • Boa gestão de riscos financeiros: mitigação de problemas antes que eles impactem o negócio;
  • Mapeamento de pontos de melhoria: identificação de gargalos financeiros e operacionais;
  • Tomada de decisão embasada: recomendações fundamentadas em análises detalhadas;
  • Elaboração de planos estratégicos: criação de estratégias para alcançar objetivos de curto e longo prazo;
  • Experiência em captação de recursos: suporte em negociações com investidores e financiamentos.

 

Após ver todas as vantagens, considera que a sua empresa precisa deste serviço? Entre em contato e converse agora com um de nossos consultores.

 

Qual o valor de um serviço de CFO as a service

Assim como a maioria dos serviços relacionados às finanças, o CFO as a Service, é personalizado. Ou seja, seu valor vai depender das demandas do negócio e seu porte. Para entender o valor do serviço para sua empresa, é necessário realizar uma avaliação.

 

Consultoria financeira com CFO as a service

Hoje, existem no mercado algumas empresas de consultoria financeira que oferecem o serviço de consultoria financeira empresarial esse serviço dentro do BPO Financeiro. E nós da Crescento somos uma delas. 

 

Nossa equipe é composta por diversos profissionais especialistas em finanças e assim entregamos um serviço completo de consultoria financeira empresarial, auxiliando nossos clientes a atingirem o objetivo esperado e muito além dele. Conheça nossa equipe e descubra como podemos transformar a saúde financeira do seu negócio.

 

Na hora de contratar, fique ligado e tenha a certeza de que está entregando a saúde financeira do seu negócio na mão de um especialista com know how e com uma proposta de trabalho alinhada ao que você acredita. 

 

– Leia também: Consultor de investimentos: o que faz e como contratar o profissional ideal

 

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Orçamento financeiro: o que é, quando fazer e principais benefícios da ferramenta

Orçamento financeiro: o que é, quando fazer e principais benefícios da ferramenta

 

Gerir suas finanças pode parecer um desafio, mas o orçamento financeiro é a chave para alcançar seus objetivos. Continue a leitura e confira:

 

 

O que é um orçamento financeiro?

Um orçamento financeiro é uma ferramenta essencial para controlar as finanças, tanto finanças pessoais quanto empresariais, e é ainda mais efetivo quando combinado a um planejamento financeiro.

 

Trata-se de um documento detalhado no qual você registra suas receitas e despesas atuais e esperadas durante um período específico.

 

Com um orçamento bem estruturado, é possível gerenciar de forma eficiente os gastos do dia a dia, priorizar investimentos e alcançar metas financeiras pessoais e/ou familiares.

 

Da mesma forma, quando falamos de empresas, o orçamento é crucial para monitorar o desempenho financeiro, identificar oportunidades e garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo. 

 

Para fazer um orçamento financeiro fácil e eficaz, é fundamental ter clareza dos números do negócio e utilizar ferramentas adequadas que simplifiquem o processo de acompanhamento das finanças, promovendo uma gestão financeira mais sólida e bem-sucedida. 

 

– Leia também: Educação financeira: o que é, importância, como desenvolver e boas práticas

 

Quando fazer um orçamento financeiro?

Não existe resposta certa sobre quando fazer um orçamento financeiro. É uma prática fundamental e muito recomendada em qualquer fase, seja para pessoas ou empresas. 

 

No caso de pessoas, o ideal é que se inicie o orçamento logo quando começar a gerar renda, garantindo, desde o início, uma gestão mais eficaz dos ganhos. 

 

Para empresas, o ideal é que um orçamento seja elaborado antes do início de cada período fiscal, permitindo uma visão clara das receitas e despesas esperadas.

 

Além disso, é recomendado revisar e ajustar o orçamento. Ao contrário do que se pode imaginar, o orçamento é uma ferramenta fluida, que deve ser ajustada para refletir mudanças que ocorrerem na vida e desenvolvimento do negócio. 

 
Aqui, vale a máxima: quanto antes, melhor. Quanto mais cedo for implementado e mais frequentemente for revisado, melhor será o controle financeiro e melhores serão as decisões tomadas a partir dele.

 

Qual a função e os benefícios de um orçamento financeiro?

Vimos que o orçamento financeiro desempenha um papel muito importante, já que ele proporciona uma gestão financeira melhor.  

 
Sua principal função é facilitar o acompanhamento dos números e os ajustes de rota que se façam necessários. Ele permite identificar fontes de receita e planejar despesas de forma consciente.

 

Ao fazer um orçamento pessoal ou empresarial, o indivíduo consegue monitorar seus gastos, identificar áreas onde pode economizar e garantir que as finanças estejam alinhadas com seus objetivos de curto, médio e longo prazo. 

 
Os benefícios do orçamento são muitos, dentre eles: uma melhor compreensão dos hábitos de gastos, redução do estresse financeiro, capacidade de economizar para emergências e objetivos futuros, construir uma base sólida para o crescimento financeiro sustentável.  

 
Um orçamento não só ajuda a controlar as finanças, como também impulsiona a educação financeira pessoal e de empresas, embasando as diversas decisões financeiras que serão tomadas ao longo do tempo.

 

Como construir um orçamento?

Construir um orçamento não precisa ser uma tarefa complicada. Mais do que criar o orçamento perfeito, o foco deve estar na constância de preencher, atualizar e acompanhar a ferramenta.  

 

Aqui estão algumas boas práticas na hora de construir um orçamento financeiro: 

 

  • Seja realista: Certifique-se de que o que você espera de receita e despesas seja realista. Consulte dados históricos, se possível, e leve em consideração fatores como sazonalidades e imprevistos;
  • Priorize as metas financeiras: Identifique e priorize suas metas financeiras, como economizar para emergências, pagar dívidas, investir em educação ou planejar um grande investimento. Alinhe o orçamento com essas metas para garantir que você esteja direcionando seus recursos de forma eficaz;
  • Acompanhe os gastos: Mantenha um registro detalhado de todos os gastos, seja por meio de um bloco de anotações, caderninho, aplicativo de orçamento, planilha ou outra ferramenta, o importante é manter o registro. Isso ajudará a entender para onde está indo seu dinheiro e identificar áreas onde pode cortar ou ajustar despesas;
  • Revise e ajuste regularmente: Um orçamento não é algo estático. É importante revisar e ajustar regularmente para refletir mudanças em sua situação financeira, metas ou circunstâncias pessoais. Fazer ajustes conforme necessário mantém seu orçamento relevante e eficaz ao longo do tempo;
  • Mantenha a disciplina: Cumpra o orçamento o máximo possível e evite desvios desnecessários. Desenvolva hábitos financeiros saudáveis, como pagar suas contas em dia, evitar dívidas desnecessárias e poupar regularmente. A disciplina é fundamental para o sucesso de qualquer orçamento.

 

Construir um orçamento que realmente ajude de maneira eficiente envolve organização, categorização e monitoramento constante dos hábitos e das finanças.

 

Orçamento financeiro pessoal

O orçamento pessoal é essencial para o controle e manutenção da saúde financeira do indivíduo. Como falamos anteriormente, ele permite o planejamento e monitoramento dos gastos, receitas e investimentos, identificando áreas de economia e oportunidades de investimento mais inteligentes. 

 

Com aplicativos ou planilhas, o processo pode ser simplificado, deixando mais fácil de tocar no dia a dia. Seja o seu objetivo economizar para viajar, comprar uma casa, ou poupar com mais constância, estabelecer metas financeiras tangíveis, funciona como um motivador para manter o acompanhamento do orçamento em dia. Saiba mais sobre orçamento pessoal aqui.

 

– Leia também: Planejamento financeiro pessoal: o que é, benefícios e quando fazer

 

Orçamento financeiro empresarial

Quando olhamos para o orçamento no contexto de uma empresa, a ferramenta se faz ainda mais indispensável. O orçamento empresarial é essencial para a gestão financeira e o sucesso de qualquer empreendimento.

 

Ao implementar um planejamento orçamentário sólido, as empresas podem ter uma visão clara das receitas e despesas projetadas, permitindo uma alocação de recursos mais estratégica, além de gerenciar melhor as oportunidades para maximizar lucros e minimizar custos. 

 

Isso envolve a análise cuidadosa de todos os aspectos financeiros do negócio, desde despesas operacionais até investimentos em cada área/setor. Utilizar ferramentas especializadas de orçamento empresarial pode simplificar esse processo, fornecendo insights valiosos e facilitando a tomada de decisão.

 

Assim como no orçamento pessoal, é crucial revisar regularmente o orçamento empresarial para garantir sua relevância e precisão, especialmente em um ambiente empresarial em constante mudança.

 

Conheça a Crescento

Agora que você compreende a importância do orçamento financeiro e como implementá-lo, é hora de dar o próximo passo.

 

Na empresa de consultoria financeira Crescento, oferecemos consultoria financeira pessoal e consultoria financeira empresarial, ajudando você a criar um plano sob medida para suas necessidades.

 

Conheça nossos serviços e comece hoje mesmo a transformar sua relação com o dinheiro!

 

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Análise financeira em concessões públicas: como ser competitivo em leilões de infraestrutura

Em nosso blog sobre O Mercado de Concessões e PPPs no Brasil, abordamos como o mercado de concessões públicas desempenha um papel de protagonismo no desenvolvimento da infraestrutura no Brasil e na melhoria da prestação de serviços públicos. Listamos alguns dos principais benefícios dessas iniciativas, mapeamos a distribuição de risco entre as partes e analisamos um exemplo preliminar de fluxo de caixa típico desses editais. Neste texto falaremos sobre a análise financeira em concessões públicas.

 

É importante salientar que os números apresentados pelos estudos de viabilidade dos editais são apenas um ponto de partida para as empresas interessadas. Toda projeção financeira possui certa subjetividade e, naturalmente, os interessados no projeto podem adotar premissas divergentes.

 

Aqui você vai encontrar:

 

Matriz de risco contratual em concessões públicas

As empresas interessadas em concessões públicas, primeiramente, buscam entender o edital de concessão e se resguardar do ponto de vista jurídico e contratual. Alguns editais apresentam uma matriz de risco bem definida, especificando o responsável jurídico e financeiro por possíveis desvios em relação ao esperado. Outros são mais generalistas, mas ainda assim contêm apontamentos sobre eventuais conflitos. Compreender a distribuição de responsabilidades é essencial para uma boa gestão de risco do projeto.

 

Um exemplo disso é a concessão de operação de ônibus urbano. Nesse tipo de edital, há uma margem de desvio máximo de receita (por exemplo, “X%”). Se a receita realizada exceder o valor projetado no edital, a concessionária deve compartilhar o valor extra com o poder concedente. Caso fique abaixo, é o poder concedente quem repõe a diferença. Além disso, o poder concedente garante a correção da tarifa pelo IPCA, mesmo que a operação tenha custos atrelados a combustíveis.

 

– Leia também: Reequilíbrio econômico-financeiro do contrato: o que é, quando aplicar e como garantir contratos sustentáveis

 

Exemplo prático de matriz de risco

No exemplo acima, a concessionária tem certo grau de proteção quanto a frustrações na curva de passageiros, embora não consiga capturar todo o benefício de uma curva mais agressiva devido ao limite de 105%. No entanto, há um risco relevante atrelado ao custo do diesel, já que o IPCA cobre apenas uma parte dos custos com combustível. Por isso, é essencial que as empresas mapeiem e precifiquem os riscos envolvidos no edital.

 

Estudos de viabilidade financeira nas concessões públicas

Os estudos realizados pelas empresas interessadas em concessões são semelhantes aos conduzidos pelo poder concedente. Especialistas em projeção de demanda, estrutura de custo e operação, bem como engenheiros que elaboram os orçamentos de CAPEX, assumem premissas com certo grau de subjetividade, baseando-se, em geral, na expertise do setor.

 

Inovação como vantagem competitiva nas concessões

Um ambiente favorável à inovação tornou-se cada vez mais relevante como diferencial competitivo. Recentes avanços com a rede 5G podem gerar novas fontes de receita para concessões de iluminação pública, utilizando as estruturas como torres de transmissão. O mercado de energia livre também apresenta oportunidades para redução de custos, especialmente para empresas que são intensivas no uso de energia. Além disso, novas técnicas de engenharia e construção ajudam a reduzir perdas financeiras e de tempo durante a implementação de obras.

 

Para ilustrar como essas inovações tornam as empresas mais competitivas e aptas a oferecer propostas mais atraentes do que as previstas pelo poder concedente, vamos retomar o exemplo do nosso artigo anterior.

concessões públicas

A empresa X, ao realizar seus próprios estudos, acredita em um aumento da demanda do meio de transporte principal do ativo:

concessões públicas

Os engenheiros informaram que será possível economizar em investimentos com a infraestrutura das vias, resultando em um CAPEX necessário para o início da operação de aproximadamente R$ 630 milhões, em vez dos R$ 700 milhões previstos pelo edital.

 

Essas novas premissas são organizadas em um modelo financeiro que recalcula a projeção de fluxo de caixa. Exemplos de mudanças impactam as linhas de receita (devido à demanda) e de investimento. Contudo, as empresas geralmente adotam premissas diferentes das sugeridas pelo edital em todas as linhas do fluxo de caixa. Isso não significa que o estudo realizado pelo poder concedente esteja “errado”; são apenas visões de futuro diferentes.

 

Após a elaboração do fluxo de caixa revisado e da análise dos acionistas sobre os riscos da operação, todos concordam que a TIR (Taxa Interna de Retorno) de 9,7% ao ano sugerida pelo edital é uma taxa atrativa o suficiente para o ativo. Mantendo a TIR fixa e considerando o aumento da projeção de receita e a redução do investimento inicial, o valor da outorga que poderia ser oferecido ao poder concedente sobe de R$ 300 milhões para R$ 477 milhões.

investimentos em infraestrutura

Assumindo que estejam incluídas em sua matriz de risco contratual, as empresas serão responsáveis pela realização futura dessas projeções. Se a concessionária for muito agressiva na curva de demanda e inflar o fluxo de caixa previsto, ela assume o risco de oferecer uma outorga supervalorizada. Por outro lado, a falha em capturar uma visão de mercado favorável ou algum ganho de eficiência operacional relevante pode ser um caminho crítico para a redução da competitividade no momento do leilão. No final, tudo se resume a uma análise de risco x retorno, além da confiança e credibilidade nas suposições adotadas.

Todos os estudos mencionados abordam premissas que costumam estar presentes tanto nos estudos do poder público quanto nos privados. Entretanto, a alavancagem é uma premissa de suma importância que geralmente é considerada apenas na modelagem do ente privado. Antes de discutirmos os benefícios da alavancagem, precisamos entender os diferentes métodos de avaliação por fluxo de caixa descontado e sobre estrutura de capital.

 

Avaliação por fluxo de caixa descontado e estrutura de capital

Até aqui, tudo considera uma projeção de fluxo de caixa como base de análise e avaliação. Embora existam outros métodos de avaliação, como múltiplos ou asset based, estimar o retorno pelo fluxo de caixa descontado é o mais adequado à realidade desse setor, uma vez que os ativos apresentam uma geração de caixa previsível. Dentro da avaliação por fluxo de caixa descontado, podemos considerar três métodos diferentes, dependendo do nosso objetivo: Free Cash Flow to the Firm (FCFF), Free Cash Flow to Equity (FCFE) e Dividends Discount Model (DDM).

 

O fluxo de caixa que entra na empresa na forma de receita é reduzido pelas saídas de caixa provenientes de despesas operacionais, impostos e investimentos. O caixa restante é o disponível para pagamento de acionistas e credores e é chamado de FCFF. Essa linha é onde os editais de concessão geralmente terminam seus estudos, conforme mencionado anteriormente.

 

Uso do fluxo de caixa

O que a empresa faz com esse dinheiro? Primeiramente, paga os seus credores (capital de terceiros) com juros e/ou principal. O restante do caixa que sobra após esse pagamento é o que chamamos de FCFE, ou seja, trata-se do fluxo de caixa disponível para os acionistas – os últimos a receberem. No entanto, pagar juros aos credores possui uma vantagem para os acionistas: reduz a conta de imposto, visto que é uma despesa dedutível da base de cálculo – esse benefício é chamado de Tax Shield.

 

Vamos considerar que a empresa decida financiar 70% da somatória do CAPEX e outorga através de capital de terceiros, resultando em um desembolso de R$ 776 milhões – 70% x (630 + 477).

concessões públicas

Diferença entre TIR do FCFF e TIR do FCFE: alavancagem e critérios de aprovação de projetos

Os valores acima ilustram a diferença conceitual entre a TIR do FCFF e a TIR do FCFE, bem como o significado da alavancagem. Como o FCFF representa o fluxo de caixa disponível pré-pagamento de acionistas e credores, a TIR representa o retorno do projeto para ambos. O retorno do acionista – TIR do FCFE – é maximizado/alavancado devido ao fato de a empresa estar financiando grande parte do investimento com um custo de capital substancialmente menor que o custo de capital próprio.

 

Critério de aprovação de projetos

Como critério de aprovação de um projeto, o FCFF deve ser comparado a um custo médio de capital ponderado pela relevância de cada fonte de recurso, uma vez que esse fluxo é utilizado para pagamento de ambos credores e acionistas. Chamamos esse custo de capital ponderado de Weighted Average Cost of Capital (WACC). De forma geral, a regra de aprovação é relativamente simples: se TIR (FCFF) > WACC, o projeto tem valor positivo.

 

Já o FCFE, por se tratar do fluxo disponível para pagamento dos acionistas (pós pagamento dos credores), deve usar como critério de aprovação a comparação da TIR com o custo de capital próprio (Ke) e não o WACC. Nesse caso, se TIR (FCFE) > Ke, o projeto pode ser aceito.

 

Vantagem competitiva e distribuições aos acionistas

Uma concessionária que prevê ser capaz de montar uma operação otimizada de financiamento através de recursos de terceiros consegue também ter vantagem competitiva no momento do leilão: maximiza o retorno do acionista e, portanto, possui maior margem para aumentar o valor da outorga oferecido ao poder concedente.

 

O FCFE, entretanto, pode ou não ser efetivamente convertido em distribuições aos acionistas, visto que existem restrições para a distribuição do caixa em função da base de lucro disponível, implantação de obra ou covenants mínimos atrelados ao financiamento, por exemplo. Vamos assumir que essas restrições permitam que os dividendos só possam ser distribuídos a partir do ano 5 e que não seja permitida a redução de capital anterior ao fim da operação.

concessões públicas

A tomada de decisão pelo DDM leva em consideração o peso financeiro das restrições na distribuição de dividendos, como ilustrado pela queda da TIR de 24,3% a.a. para 15,8% a.a. Por se tratar do fluxo de caixa efetivamente distribuído aos acionistas, o critério de aprovação permanece como: se TIR (DDM) > Ke, o projeto possui valor positivo.

 

Concessões públicas e sociedades de propósito específico

Concessões públicas ou PPPs são constituídas por meio de Sociedades de Propósito Específico (SPE), e, portanto, só podem ter esta única finalidade, sendo impossibilitadas de reinvestir o caixa em novos projetos que não estejam ligados à SPE, ao contrário do que uma empresa normal poderia fazer. Logo, estimar a TIR utilizando o DDM representa a melhor métrica de avaliação para casos envolvendo projetos de concessões públicas, visto que a distribuição de dividendos é a única forma de direcionamento do fluxo de caixa disponível para o acionista.

 

Incertezas e gestão de risco

Tudo que mencionamos até aqui se trata de projeções do futuro e está cercado de incertezas, subjetividade e vieses. Ao tomar uma decisão, é essencial que os acionistas estejam cientes dos riscos inerentes ao projeto. Para isso, precisamos analisar cenários diferentes do cenário base em que acreditamos, de forma a precificar e gerenciar esse risco.

 

Assumindo agora que a taxa interna mínima que os acionistas exigem para o negócio é de 8% a.a. – ou seja, o custo de capital próprio – e estressando as duas alterações de premissas que foram feitas no estudo de caso descrito acima:

análise de sensibilidade

Na hipótese de os gerentes possuírem uma confiança alta na materialização da redução do CAPEX, se a curva de demanda tiver uma frustração de pouco mais de 5% em relação ao estimado, o projeto terá um retorno abaixo do mínimo exigido pelos acionistas. O mesmo cenário ocorre caso o CAPEX supere aproximadamente R$ 720 milhões, mesmo sem variação na curva de demanda.

 

A importância da avaliação de riscos

É essencial avaliar a relevância desse risco, mantendo sempre em mente que tendemos a ser otimistas e frequentemente enfrentamos dificuldades ao considerar cenários extremos (outlier bias). A concessionária, por exemplo, poderia reduzir o valor da outorga oferecida, precificando o risco associado ao aumento da curva de demanda e à redução do CAPEX.

 

Simulação de Monte Carlo: uma ferramenta avançada

Métricas mais engenhosas e complexas, como a Simulação de Monte Carlo, permitem a elaboração de uma curva de distribuição de probabilidades, estressando várias premissas simultaneamente. Isso resulta em um veredito como: em menos de 5% das ocorrências (combinações aleatórias), a TIR do projeto é inferior a 8%. Contudo, essas simulações também apresentam seu grau de subjetividade, dependendo de premissas de entrada, decisões de modelagem e parâmetros do modelo.

 

Cuidados após vencer o leilão

Finalmente, as empresas interessadas chegarão aos seus lances e enviarão os envelopes para o poder concedente, sendo apenas uma a vencedora que obterá o direito de exploração do ativo. E depois? Quais cuidados a empresa vencedora deve ter após o início da operação? Como lidar com desvios em relação ao plano de negócios?

Confira o conteúdo e análise completa em nosso artigo.

 

crescento pessoa jurídica

Modelagem financeira e Inteligência de Negócio: descubra se a sua empresa precisa

 

Para pensar em Modelagem Financeira e Inteligência de Negócio, uma pergunta deve ser feita: qual o futuro esperado da sua empresa? 

Entender onde você pretende chegar é primordial para qualquer empreendimento e a Modelagem Financeira é uma ferramenta essencial para realizar a projeção do seu negócio e auxiliar nas tomadas de decisões.

 

O que é a Modelagem Financeira e Valuation

A Modelagem Financeira consiste em um instrumento utilizado para auxiliar na tomada de decisão para novos negócios ou investimentos. É uma ferramenta que traduz, em números, a realidade de um negócio. Ela embasa diversas medidas que uma empresa implanta para provisionar e acompanhar seu desempenho financeiro.

A modelagem pode ter inúmeras saídas, dentre elas valuation, em tradução direta, quer dizer avaliação da empresa, ou seja, ele estipula, por exemplo, com base na expectativa de fluxo de caixa futuro, qual será o valor da instituição. 

Quer conversar com um de nossos profissionais e entender o que esse serviço pode funcionar para o seu caso especificamente? Clique aqui para conversar com um profissional.

 

O que é inteligência de negócio?

O Business Intelligence ou Inteligência de Negócio é responsável por coletar, reunir e disponibilizar informações sobre o negócio, mercado ou setor em todos os seus aspectos. Isso quer dizer que não é necessariamente uma perspectiva exclusivamente, financeira, mas um plano que olha para outras áreas do negócio que interceptam o financeiro. Por isso ela é tão importante e atua como um grande suporte para a gestão empresarial. 

Se você nunca ouviu falar sobre o business intelligence não sabe por onde começar, fale com a nossa equipe e descubra as possibilidades.

 

Onde a modelagem financeira pode ser usada?

Verdadeira aliada para os gestores financeiros, assim como para os investidores, a Modelagem Financeira pode ser usada para avaliações de potenciais empreendimentos internos ou de expansão, reestruturação financeira, avaliação de uma empresa, apoiar empresas que irão concorrer a licitação público-privadas, fusões e aquisições, reorganização societária e até mesmo servir de insumos para embasar as tomadas de decisões. 

 

Quais os modelos de gestão financeira

Toda empresa, independente do seu tamanho, precisa de uma gestão financeira eficiente. Ela envolve o planejamento, a análise e o controle das finanças. Separamos aqui alguns modelos de gestão financeira que podem ser adotados em sua instituição, visando aprimorar sua gestão:

  • Fluxo de caixa
  • Controle de estoque
  • Gestão de contas a pagar e receber 
  • Controle do capital de giro
  • Balanço patrimonial 
  • Gestão de notas fiscais

Sua empresa trabalha bem todos esses modelos? Para ter sucesso é imprescindível gerir todas essas frentes com o olhar voltado à otimização da gestão financeira. Se você trabalha algum desses pontos, mas não sabe como desenvolvê-lo ou integrá-lo a outros, vale contar com a ajuda de um especialista capaz de te ajudar a planejar tudo isso. 

 

Como montar uma modelagem financeira?

Identifique os objetivos empresariais e estabeleça metas. Para iniciar qualquer modelo financeiro é imprescindível que se tenha um norte das premissas básicas ligadas àquele negócio. A partir daí começa um trabalho conjunto entre a equipe que elaborará o projeto e o cliente, para que, partindo de uma metodologia própria, todos os aspectos e perspectivas relacionadas ao negócio sejam consideradas. É interessante também que o profissional que realizará esse trabalho tenha conhecimento amplo do mercado de ações, afinal, um dos objetivos da modelagem financeira é a possibilidade de conquistar investidores para o negócio. . Dica de ouro: garanta que seu resultado final te permita testar diferentes cenários, para descobrir os melhores caminhos e obter os resultados esperados.

E, claro, não perca o monitoramento de vista. Lembre-se de analisar os resultados reais ao longo dos meses e fazer as alterações necessárias dependendo do resultado. Caso não seja feito, a modelagem perderá seu objetivo e não será possível ter a visão futura do negócio. Caso precise de ajuda para dar continuidade ao projeto conte conosco. 

 

Quais as principais ferramentas para fazer modelagem financeira

No mercado existem diversas ferramentas para a realização da Modelagem Financeira, mas a principal é a mais usada é o Microsoft Excel. Ele permite construir diferentes modelos, extremamente personalizável, possibilitando o uso do formato que melhor traduz o seu negócio, personalizada e trazendo diferentes cenários.

É um profissional do mercado financeiro e deseja melhorar suas habilidades e aprender a construir um modelo financeiro do zero? Nós oferecemos um Treinamento de Modelagem Financeira, na prática para aqueles profissionais que desejam se destacar no mercado. Ensinando nossa metodologia aplicada já a centenas de projetos entregues, ao final do curso você será capaz de construir modelos financeiros do zero!

 

Veja exemplos de modelagem financeira

A Crescento, há 6 anos, apoia empresas dos mais variados setores na construção de modelos financeiros com objetivos diversos como apoio em licitações, reorganização societária, avaliação de negócios, captação de investimentos, e muito mais. Acesse um dos nossos cases de sucesso.

 

Case Saber em Rede

 

Conheça os principais serviços envolvidos na inteligência de negócios

Vivemos na sociedade da informação. Dados, informações e análises são fundamentais para a Inteligência de Negócio. Além de reunir dados na elaboração deste serviço, você garante: 

Planos de negócios 

Estudo de mercado 

Análise de dados

Precificação de produtos e serviços 

Planilhas e dashboards (vba, macros e power bi)

 

Consultoria Financeira Empresarial: tudo que você precisa saber para o seu negócio prosperar


A consultoria financeira empresarial também pode ser conhecida como um “Divisor de águas”. Afinal, ela separa as empresas com objetivos, metas traçadas e clareza do seu futuro, daquelas que vivem no escuro, sem saber se estão tendo lucro ou prejuízo, com objetivos turvos, distantes e sem perspectiva de como estarão no futuro.

Mas, antes de tudo, vou te fazer algumas perguntas e peço honestidade na hora de respondê-las. Você sabe me dizer quanto faturou nos últimos 3 meses? Como e onde é feito o seu fluxo de caixa? Sua empresa gasta mais do que ganha? Onde imagina sua empresa daqui a 5 anos? Qual é o cenário dela agora?

O financeiro é o coração de qualquer empresa. E entender o seu negócio, tendo respostas na ponta da língua e informações de fácil acesso, faz toda a diferença na hora de tomar uma decisão importante. Pensando nisso, neste conteúdo você irá entender tudo sobre a Consultoria Financeira Empresarial e como esse serviço pode potencializar a sua gestão financeira e mudar o futuro da sua empresa. 

 

O que é uma consultoria financeira e como ela impacta no seu negócio

Serviço terceirizado que tem como principal objetivo diagnosticar problemas financeiros, propondo soluções viáveis para a realidade da empresa a fim de alavancar de fato os negócios.

Através da Consultoria Financeira, os gestores e/ou sua equipe administrativa podem mudar sua forma de pensar sobre o negócio. Afinal, são capazes de tomar decisões mais certeiras para o futuro da corporação, tendo informações mais rápidas, dados mais assertivos, o que pode reduzir gastos, contribuir para uma maior previsibilidade do fluxo de caixa e muito mais. 

 

Qual o valor de uma consultoria financeira empresarial

Por ser um serviço personalizado e idealizado para cada realidade, o valor é relativo. Pode variar, por exemplo, conforme o tamanho da empresa e suas demandas. Porém, vale entender que existem duas diretrizes para esse trabalho: serviços pontuais – com início e fim definidos, e serviços contínuos – gestão financeira contínua. Para entender mais a respeito dos serviços acesse: (https://www.crescento.com.br/para-sua-empresa/

 

O que faz uma empresa de consultoria financeira

Uma empresa de consultoria financeira é responsável por apoiar a gestão financeira do seu negócio através da elaboração de projetos financeiros, incluindo análise de todos os dados do negócio, estudo de mercado e assessoria personalizada durante todo o período trabalhado. 

É considerado o verdadeiro braço-direito dos clientes, no que tange a administração financeira do negócio. Podem ser desenvolvidos por ela diversos tipos de serviços, alguns mais especializados que outros, dependendo da maturidade do negócio e do objetivo de cada gestor. Por exemplo: BPO Financeiro, Planejamento e Análise Financeira do negócio, Estudos de Mercado, Serviços de Assessoria Financeira como o apoio em Fusões e Aquisições, Reorganização Societária, Valuation, Reequilíbrio de Contrato, apoio em licitações público-privadas entre outras.

 

O que devo saber para contratar uma consultoria financeira para empresas

Escolher qual consultoria financeira é ideal para seu negócio é primordial. Mas como tomar essa decisão da melhor forma possível? 

Separamos aqui algumas dicas para ajudar você a se decidir com clareza e sem dor de cabeça:  

. Responsabilidade com processos e pessoas: priorize as empresas que tratarão o seu negócio como único, ou seja, que ofereçam serviços realmente personalizados, que mergulham na realidade do negócio para entender a dor e saber qual a melhor solução. Afinal, não existe fórmula mágica para lidar com finanças. E cada cenário e realidade precisa de uma forma de agir específica. 

. Nível de expertise na área: procure empresas que tenham variedade de clientes e contam com uma equipe especializada no assunto, Conheça nossa equipe e nossos clientes. 

. Entenda o papel da consultoria financeira: fazer uma pesquisa prévia e entender qual é o serviço que soluciona o seu problema, pode ajudar você a tomar a melhor decisão para seu negócio.

. Veja se a empresa tem especialistas no seu serviço: existem diversos serviços possíveis em uma consultoria financeira empresarial. Veja se a sua contratação conta com especialistas no serviço que você vai utilizar.

. Pesquise a metodologia e tire suas dúvidas: antes de fechar qualquer serviço, marque uma conversa com a empresa que escolheu, tire suas dúvidas e esclareça os próximos passos.

. Cuidado com o conflito de interesses: procure consultorias independentes. Há consultores que recebem comissão de determinadas fontes mediante indicação. Essa não é uma prática saudável. Procure consultores financeiros que tenham independência e possam te indicar as melhores opções reais para o seu negócio. 

Pronto, agora você já está preparado para encontrar a Consultoria Financeira ideal para sua empresa. Mas, para mais informações, você pode falar com a comunidade Crescento.

 

Quais as vantagens de uma consultoria financeira empresarial

Ter clareza nos assuntos relacionados ao dinheiro e ao futuro fazem a diferença em qualquer aspecto de nossa vida. Ainda mais quando falamos de um negócio, seja pequeno, médio e, até mesmo, de grande porte. Esse assunto permeia todos os aspectos, é o dinheiro que mantém a ideia de pé e os setores funcionando. 

Ainda não acredita em todas as vantagens desse serviço? Temos certeza que após esse tópico, você irá mudar de ideia. 

Informações rápidas, aumento de produtividade, clareza, previsibilidade de fluxo de caixa, segurança financeira e redução de gastos são apenas algumas das vantagens que o Serviço de Consultoria Financeira é capaz de oferecer a você e seu negócio. 

Além disso, auxilia você a criar um planejamento para estabelecer objetivos macros e pequenas metas para assim obter o desenvolvimento de sua empresa. Quer saber mais o que pode ser feito para sua realidade? Converse agora mesmo com um de nossos consultores.

 

Conheça os principais serviços que envolvem uma consultoria financeira

Como já citamos aqui, cada caso é um caso. Por este motivo temos diferentes serviços de consultoria financeira que atendem diferentes demandas, como:

Assessoria financeira projetos pontuais que dividimos em:

  • Assessoria: modelagem financeira, avaliação de negócios (valuation), fusões e aquisições, reorganização societária, apoio em licitações público/privadas, captação de investimento.
  • Inteligência do negócio: estudo de mercado, plano de negócios, análise de dados, precificação de produtos e serviços, planilhas e dashboards

BPO Financeiro:

 

BPO Financeiro

Serviço que irá auxiliar em todos os processos que gerem uma empresa, além de ajudar a gerenciar as contas do negócio, o BPO Financeiro é capaz de otimizar o controle das atividades de caixa, gerando previsibilidade e apoiando a sua equipe administrativa. Além disso,   geram gráficos e relatórios completos e didáticos sobre a situação financeira para que até pessoas que não dominam o assunto possam entender e tomar decisões estratégicas a partir deles. 

Empresas de BPO Financeiro são indicadas para pequenas empresas ou empresas que possuem uma equipe administrativa reduzida. Algumas consultorias financeiras empresariais oferecem também esse serviço.

Responsável por aperfeiçoar a gestão do fluxo de caixa de uma empresa, o serviço de Tesouraria  realiza pagamentos e cobranças, classifica os lançamentos de conta, define uma rotina assertiva, cria processos financeiros e monitora o caixa. Isso tudo para entregar controle, planejamento e também previsibilidade do fluxo de caixa da empresa. 

Terceirizar a tesouraria ainda elimina a necessidade da empresa passar por processos de contratação e capacitação cansativos. Dando a certeza de um trabalho eficiente e que entregará resultados significativos já nos primeiros meses, com dados precisos e corretos. 

Ficou curioso, né? Marque uma conversa com um de nossos especialistas e saiba tudo que esse serviço pode fazer para o dia a dia de sua empresa.

 

Planejamento e Análise financeira (FP&A)

Você confia 100% nos números do seu negócio? Toma suas decisões com base nesses dados? Esse é um ponto crítico para a vida de qualquer empresa. Afinal, se você confia nos dados e eles apresentam incompatibilidade, por mínima que seja, você está correndo um grande risco de tomar decisões equivocadas que podem acarretar sérios prejuízos financeiros ao negócio. 

Complexo, né? Mas essas são as principais funções do Planejamento e Análise Financeira. Serviço desenvolvido por analistas altamente capacitados e que garante confiabilidade nos números e tomadas de decisões mais rápidas e assertivas.

A FP&A aprimora a gestão do seu negócio, entregando transparência e fornecendo informações reais por meio da elaboração de orçamento, acompanhamento do desempenho, análise de resultados e dos objetivos esperados, emissão de relatório gerenciais, dashboards inteligentes e muito mais. 

E aí, você confia nos seus dados? Adicione transparência e agilidade na rotina do seu negócio. Converse com um de nossos analistas.

 

CFO as a Service

CFO é o nome dado ao cargo de Diretor Financeiro, além da expectativa salarial alta, o ocupante do cargo deve oferecer à empresa um alto conhecimento na área de finanças e relacionamento com agentes do mercado diversas skills e, com isso, sua empresa ganha segurança em diversos aspectos do dia a dia. Ele é o cara que irá tirar análise crítica sobre os dados e conduzirá as tomadas de decisão financeiras da empresa.

Algumas empresas de consultoria financeira, como nós da Crescento, oferecem o serviço de CFO as a Service, que aprimora a gestão do negócio, agregando a expertise de um diretor financeiro, evitando a contratação de profissional exclusivo, que sem dúvida seria muito mais custosa e, por vezes, desnecessária considerando o tamanho da demanda existente.

Visando traduzir os números gerados pelo Planejamento e Análise Financeira, criando planos de ação estratégicos, agregando valor ao negócio e participando de reunião com a diretoria para validar planos e alcançar os resultados esperados.

 

Assessoria Financeira: Modelagem, Inteligência do Negócio, estudo de mercado e plano de negócios

Outra modalidade de serviço de uma Consultoria Financeira, onde o serviço é pensado a partir da elaboração de projetos financeiros, análise de dados e estudo profundo de mercado. Considerando que realidade de cada negócio é única, sendo seu maior objetivo é contribuir para realizar as melhores tomadas de decisão.

Conseguiu identificar como anda a saúde do seu negócio? Não deixe em segundo plano a organização financeira, como falamos aqui. Isso pode ser um divisor de águas para sua empresa.

 

Sua empresa está no regime de tributação mais eficiente?

Regime de Tributação

 

A escolha do regime de tributação é uma decisão estratégica importante que todo gestor deve tomar ao iniciar sua empresa. A opção escolhida terá impacto direto na eficiência tributária da empresa e na disponibilidade de recursos financeiros para investimentos. O conhecimento sobre os regimes de tributação praticados no Brasil e suas taxas é fundamental para a construção da modelagem financeira, seja qual for o objetivo da empresa.

As Deduções sobre receita e os IRPJ/CSLL que incidem sobre as empresas devem ser conhecidos e gerenciados de forma adequada para que a empresa possa manter uma posição financeira saudável. A modelagem financeira necessita do conhecimento sobre os regimes de tributação praticados no Brasil e suas taxas. Legalmente, o imposto é encarado como um direito do governo. Desta forma este valor não pertence a empresa, ela apenas atua como intermediária (veículo de arrecadação).

 

Regimes de tributação

Segundo o Código Tributário Nacional

“imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”

Os valores arrecadados têm como fundamento atender as despesas gerais do Estado em todas suas esferas (federal, estadual e municipal). Os impostos que incidem na atividade empresarial (pessoas jurídicas) formam duas categorias: as deduções sobre receita e o IRPJ/CSLL.

• Deduções sobre receita: Incidem diretamente sobre a receita bruta, eles são cobrados do contribuinte que tem a responsabilidade por cumprir essa obrigação. São gerados simultaneamente ao fato gerador de receita. São eles: ISS, IPI, ICMS, PIS e COFINS.

• IRPJ/CSLL: São contribuições obrigatórias da empresa junto ao governo que incidem no cálculo do lucro do exercício social. Assim, em alguns casos, podem não ter relação direta com a receita bruta. São eles: IRPJ, CSLL.

Regimes de tributação no Brasil

No Brasil, existem três regimes tributários diferentes que regem as alíquotas de contribuição para as empresas: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. A escolha do regime de tributação declarado pela empresa sempre será feita no início do ano, não podendo mudar ao longo do exercício social. Para os empresários, é preciso uma avaliação criteriosa dos benefícios de cada possibilidade, sempre visando reter a maior quantidade de caixa possível.

• O Simples Nacional

É voltado para microempresas e empresas de pequeno porte. A apuração do valor a ser pago segue o faturamento bruto da empresa nos últimos 12 meses que é pago em uma única guia – o DAS (documento de arrecadação do Simples Nacional). Este regime é limitado para empresas com faturamento anual máximo de 4,8 milhões de reais. Existem uma série de requisitos que a empresa deve cumprir para se enquadrar no Simples Nacional, confira a descrição completa dos itens no site da Receita Federal.

 

É um regime tributário com a finalidade de simplificar o pagamento de tributos. Suas alíquotas variam de 4% a 22,90%, divididas em cinco anexos que contemplam os mais variados ramos e atividades econômicas. Os anexos do simples nacional são subdivididos pela atividade da empresa, são elas: Anexo I – Comércio, Anexo II – Indústria e Anexo III, IV e V – Serviços.
O setor de serviços é distribuído em três anexos diferentes, neste caso a consulta sobre qual anexo a empresa se encaixa deve levar em conta seu CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).

• O Lucro Presumido

Neste regime, a apuração o IRPJ e o CSLL é feita com base em uma presunção do lucro baseado na categoria na qual a empresa se encaixa. Os requisitos para optar por esta modalidade são:

i) limite de receita anual máxima de R$78 milhões

ii) não ser uma empresa de factoring

iii) não usufruir de benefícios fiscais.

 

É uma forma de tributação simplificada para estabelecer a base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas. O Lucro Presumido pode ser a escolha de empresas que faturam até R$78 milhões por ano, além de, também, ser indicado para aquelas com lucro elevado e que não apresentam a obrigatoriedade de se enquadrar no Lucro Real.

No Lucro Presumido, independente do resultado obtido no período de apuração, a tributação incidirá sobre a margem prefixada. Assim, é necessário ter muita atenção, pois, se a margem de lucro efetiva for abaixo da prefixada ou até mesmo negativa, os impostos serão mensurados sobre a margem presumida.

Diferente do Simples Nacional, os impostos e contribuições são pagos em guias individuais, resultando em uma contabilidade um pouco mais complexa. Os impostos sobre a receita bruta são apurados mensalmente, o IRPJ e o CSLL são determinados por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. Existe ainda uma apuração anual, na qual você paga um valor provisionado mensalmente e faz o fechamento anual, a partir da alíquota determinada.

• O Lucro Real

É o regime utilizado pelas empresas de grande porte e é baseado no lucro efetivo obtido no período de apuração. Se trata de um regime mais complexo, que exige uma contabilidade mais elaborada e tem alíquotas mais elevadas do que os outros regimes. Por outro lado, permite que determinadas empresas possam se beneficiar aproveitando crédito de PIS e COFINS.

 

A escolha do regime de tributação adequado pode ajudar a reduzir a carga tributária da empresa, tornando-a mais competitiva no mercado e proporcionando recursos financeiros para investimentos e crescimento. Por isso, é fundamental que o gestor avalie cuidadosamente cada regime e suas implicações antes de tomar a decisão final.

 

A Escolha do Regime de Tributação

A escolha do regime de tributação declarado pela empresa sempre será feita no início do ano, não podendo optar pela mudança ao longo do exercício social. Uma empresa só altera o seu regime tributário obrigatoriamente, por força maior no caso de  Para os empresários, é preciso uma avaliação criteriosa dos benefícios de cada possibilidade, sempre visando a maior economia tributária possível.

A modelagem financeira é uma ferramenta que permite simular fluxos futuros e definir de forma otimizada o regime de tributação mais coerente para cada ano de um projeto ou empresa. Este planejamento fiscal pode ser fundamental para que as projeções sejam positivas. 

É importante destacar que empresas enquadradas no anexo IV do Simples Nacional, no Lucro Presumido ou Lucro Real recolhem o INSS Patronal através da Guia de Previdência Social (GPS), podendo chegar ao total de 27,8% (21% patronal + 6,8% terceiros) sobre a folha de pagamento. Esse valor geralmente faz com que o Simples Nacional, na maioria das vezes, seja o regime mais vantajoso para empresas que não se enquadram no anexo IV. 

Um dos fatores que deve também ser avaliado ao escolher o regime de tributação é o gasto mensal com empresa de contabilidade. Uma empresa no Lucro Real requer muita rigidez com os registros financeiros, acarretando em um serviço mais oneroso quando comparado à empresas no Simples Nacional e no Lucro Presumido. Entretanto, empresas nos regimes Simples Nacional ou Lucro Presumido são taxadas mesmo que registrem prejuízo no período.

Já empresas no Lucro Real recebem um benefício fiscal caso registrem resultados negativos. Logo, para negócios de grande porte que possuem projeções de prejuízo no curto prazo é mais vantajoso optar pelo Lucro Real visando utilização de crédito fiscal em anos posteriores de lucro. Outro fator positivo para as empresas no Lucro Real é o desconto relativo à dívidas. Como o valor absoluto é calculado após o abatimento das despesas financeiras, ao contrair uma dívida a empresa reduz a base de cálculo para IRPJ e CSLL. Esse benefício tributário é levado em conta para analisar a possibilidade da empresa se financiar através de capital próprio ou de terceiros e é conhecida como tax shield. 

Já para grandes empresas (com faturamento anual abaixo de R$78 milhões) com melhores margens faz mais sentido optar pelo Lucro Presumido, já que a base presumida de lucro tende a ser menor que o lucro real apurado antes do IRPJ/CSLL.

(bônus) Benefícios para o setor de infraestrutura

As deficiências da infraestrutura representam um dos grandes gargalos ao crescimento econômico do país. Reconhecendo a importância do tema, o Poder Público vem instituindo benefícios fiscais às empresas que invistam no incremento dos setores energético, de transportes de passageiros e de cargas, de saneamento básico, de irrigação e, atualmente, do segmento esportivo, turístico e de serviços.

Dos incentivos fiscais federais existentes, podemos citar:

  • REIDI
  • REPENEC
  • SUDENE

De modo geral, os incentivos buscam reduzir ou zerar os impostos federais. Os incentivos podem ser aplicados através dos impostos sobre a receita oriunda da venda de equipamentos e serviços destinados a pessoas jurídicas habilitadas ao incentivo ou através da redução dos impostos a pagar por ela. Além da obrigatoriedade da empresa optar pelo Lucro Real para a solicitação do incentivo fiscal, a sua aplicação está sujeita a região do país em que a empresa está instalada e a diversas outras condições precedentes.

Como tomar a melhor decisão?

A regra é clara, mas o cenário pra tomada de decisão é incerto. Neste momento, uma boa modelagem do negócio te coloca em um cenário mais seguro e mitiga o risco de escolhas equivocadas. Nós queremos te ajudar a tomar melhores decisões financeiras. Saiba mais aqui.